OS CONSTITUCIONALISTAS” NO ESTADO NOVO BRASILEIRO

UM OLHAR SOBRE O DIREITO DE GREVE

Autores

  • Gustavo Silveira Siqueira UERJ
  • Gabriel Pitta Pinheiro de Souza Melgaço UERJ
  • Viviane Maria de Oliveira UFRJ

Palavras-chave:

Direito de greve, Legitimidade, Legalidade, Fascismo, Getúlio Vargas, Legalismo

Resumo

Durante toda a primeira república, juridicamente, a greve era reconhecida como um direito pela doutrina do período, tribunais incluindo o Supremo Tribunal Federal. O Estado Novo considerou a greve um recurso antissocial, nocivo ao trabalho e aos interesses da nação, na Carta de 10 de novembro de 1937. O presente artigo pretende entender como os autores da época interpretavam esta inovação do sistema jurídico. A pesquisa selecionou alguns dos mais relevantes comentadores da Constituição vigente e analisou, em cada produção doutrinária, o posicionamento sobre o objeto de nosso estudo. Com isso, se pretende saber se os autores do período eram fiéis ao texto da lei, ao governo Vargas ou interpretavam o direito segundo sua construção histórica e social.

Biografia do Autor

Gustavo Silveira Siqueira, UERJ

Adjunct Professor at the State University of Rio de Janeiro Law faculty - UERJ and researcher with a productivity fellowship from CNPQ.

Gabriel Pitta Pinheiro de Souza Melgaço, UERJ

Graduated at the State University of Rio de Janeiro - UERJ law faculty - research field: Theoryand Philosophy of Law.

Viviane Maria de Oliveira, UFRJ

Historian by the Federal University of Rio de Janeiro - UFRJ and bachelor in Law atthe State Universityof Rio de Janeiro - UERJ law faculty - CNPQ Technical Support Scholar.

Referências

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Biografia: Pontes de Miranda. Disponível em: <http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=276&sid =130>. Acesso em: 01 jul. 2014.

ALMEIDA, Antônio Figueira de. A Constituição de 10 de Novembro explicada ao Povo. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa e Propaganda, 1937.

BARATA, Júlio. O Espírito da Nova Constituição. Rio de Janeiro, 1938.

BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 10 de novembro de 1937).

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm>.

Brasil. Decreto-lei no 2.848 de 07/12/1940 / PE (D.O.U. 08/12/1940). Retrieved on th

September 30 , 2016 from <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto- lei/Del2848.htm>.

BRASIL. Decreto-Lei no 1.237, de 2 de maio de 1939.

BERCOVICI, Gilberto. Instabilidade Constitucional e Direitos Sociais na Era Vargas (1930-1964). On.: BITTAR, Eduardo C. B. História do Direito Brasileiro. São Paulo: Atlas, 2003.

CAMPOS, Francisco. O Estado Nacional: Sua estrutura. Seu conteúdo ideológico. eBookLibris. Retrieved September 1st, 2015. Disponível em: .

CASTRO, Araújo. A Constituição de 1937. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1938. th

FGV/CPDOC. Retrieved on April 6 , 2016 from <https://cpdoc.fgv.br/ producao/dossies/AEraVargas1/anos37- 45/PoliticaAdministracao/EstadoNovoFascismo>.

FONSECA, Ricardo Marcelo. Introdução teórica à história do direito. 1. ed., 3. reimp. Curitiba: Juruá, 2012.

LINS, Augusto E. Estellita. A Nova Constituição dos Estados Unidos do Brasil. José Cofino: Rio de Janeiro, 1938.

LOPES, Helvecio Xavier. A gréve e o “lock-out” como recursos anti-sociais. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1938, LXXIII, fascículo 417.

MEIRELLES, Heloisa Helena. O Ensino Secundário nos anos 30. Sítio eletrônico do ISERJ. Disponível em: <http://cemiiserj.blogspot.com.br/2007/08/o-ensino-secundrio- anos-30.html>.

MIRANDA, Pontes de. Comentários à Constituição de 10 de Novembro de 1937. Rio de Janeiro, Irmãos Pongetti, 1938;

MOZDZENSKI, Leonardo Pinheiro. A formação sócio-histórica do gênero cartilha juríca. In.: 4o. SIGET – Simpósio Internacional de Estudos e Gêneros Textuais, 2007, Tubarão (SC). Anais... SIGET. Tubarão (SC): Universidade do Sul de Santa Catarina, 2007;

SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Espaço Burle Marx. Disponível em: <http://www.sefaz.es.gov.br/painel/vultos75.htm>. Acesso em: 30 jun. de 2014.

SCHWARTZAM, Simon et al. Tempos de Capanema. São Paulo: Paz e Terra/EDUSP, 1984.

SIQUEIRA, Gustavo Silveira. História do direito pelos movimentos sociais: cidadania, experiências e antropofagia jurídica nas estradas de ferro (Brasil, 1906). / Gustavo Silveira Siqueira. Tese, Belo Horizonte, 2011;

SIQUEIRA, Gustavo Silveira. Experiências de greve no Estado Novo.Revista Direito & Práxis. Rio de Janeiro, Vol. 06, N. 11, 2015, p. 226-253;

SIQUEIRA, Gustavo et ali. The Right to Strike in the debates of Constituent National Assembly of 1933-1934. International Journal of Political History and Legal Culture. Rio de Janeiro: vol. 6, no.2, May-August, 2014, p. 312-327.

SIQUEIRA, Gustavo Silveira e AZEVEDO, Fátima Gabriela Soares. O Tratamento Jurídico da Greve no Início do Século XX: o direito e a violência na greve de 1906.Revista Direito e Práxis. Vol. 4, n. 4, 2013, pp. 68-84.

SIQUEIRA, Gustavo, AZEVEDO, Fátima Gabriela Soares, RODRGUES, Júlia. O Direito de Greve nos Debates da Assembleia Nacional Constituinte de 1933-1934. Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica. Rio de Janeiro: vol. 6, n.2, maio/ago., 2014, p. 312-327.

SCHWARTZAM, Simon et al. Tempos de Capanema. São Paulo: Paz e Terra/EDUSP, 1984 (Estudos brasileiros, 81).

TRIBUNAL REGINAL ELEITORAL DO MARANHÃO. Disponível em: <http://www.tre- ma.jus.br/institucional/conheca-o-tre-ma/breve-historia-do-tribunal-regional-eleitoral- do-maranhao>. Acesso em: 20 jun. 2014.

Downloads

Publicado

2020-11-03

Como Citar

Silveira Siqueira, G., Pitta Pinheiro de Souza Melgaço, G., & Maria de Oliveira, V. (2020). OS CONSTITUCIONALISTAS” NO ESTADO NOVO BRASILEIRO: UM OLHAR SOBRE O DIREITO DE GREVE. Constituição, Economia E Desenvolvimento: Revista Eletrônica Da Academia Brasileira De Direito Constitucional , 8(14), 12–32. Recuperado de https://www.abdconstojs.com.br/index.php/revista/article/view/136

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.